Hoje amanheci que não aguentava nem me mexer, a dor do mega abscesso inflamado tinha se tornado insuportável e minha unica opção era correr para o hospital.
Chegando lá fui atendida pelo médico que na mesma hora me encaminhou ao cirurgião. Esperei umas horas até que minha vez chegou, mal sabia eu que a tortura ia só começar.
Entrei na sala ciente de que teria que tirar , mas não imaginava em que condições. De cara ele disse ''não tem jeito, temos que abrir'', e me mandou deitar na maca. Logo em seguida a enfermeira veio com o bisturi e quando vi na mão dela eu dei um pulo e comecei a chorar de medo. Pedi que chamassem a minha mãe e ela entrou , então o Drº explicou que devido ao grande nivel da inflamação, a anestesia normal custaria a pegar, e a que pode dar em gestante não adiantaria de nada.
Eu queria tanto correr, estava chorando de nervoso mas o ouvi explicar que se eu não abrisse ,isso poderia infeccionar o sangue e prejudicar o Pietro. Foi então que ele disse pra minha mãe ''olha, eu não posso obriga-la'', e minha mãe virou e disse ''mas eu posso'' rs. Quando ela disse isso eu nem pensei duas vezes, pois se tratava da saúde do meu bebê também.
Chorando cachoeiras me deitei e ele veio fazer um corte no meio do abscesso, em seguida , ajudado da enfermeira , começaram a espremer bem forte e saía pus que não acabava mais.
Conforme ia doendo pela situação, a dor do problema em si ia sumindo. Na verdade eu estava chorando loucamente mas de nervoso, porém, minha mãe ficou do meu lado o tempo todo,o que me ajudou.
O procedimento durou cerca de 10 minutos, após extrair todo pus eles fizeram o curativo e ele me receitou a cefalexina de 6/6h mais uma semana.
Acho que depois de hoje entendi o que me falavam sobre por a dor do filho a frente da sua. Quando ouvi que isso o prejudicaria nem pensei novamente, iria ser daquele jeito.
Essa é a foto da inflamação do abscesso antes de abrir. Lembrando que ele ficava entre os seios, e isso fazia doer muito mais porque o atrito é constante.
Assim ficou a abertura que não levou pontos. Um corte curto e profundo , por onde saiu tudo que me matava de dor. - Não da pra ver o corte porque o sangue não para, mas ele é exatamente desse tamanho que ta a mancha vermelha.-
E essa é uma do pós operatório , com a dor bem amenizada já.
O que é um abscesso?
Um abcesso é uma acumulação de pus, geralmente causada por uma infecção bacteriana.
Quando as bactérias invadem o tecido são, a infecção espalha-se por toda
a área. Algumas células morrem e desintegram-se, deixando espaços nos
quais se acumulam líquido e células infectadas. Os glóbulos brancos, os
defensores do organismo contra a infecção, deslocam-se para aqueles
espaços e, depois de engolirem as bactérias, morrem. A acumulação de
glóbulos brancos forma o pus, uma substância cremosa que preenche a
zona. À medida que o pus se deposita, o tecido são é deslocado. Por fim,
esse tecido acaba por crescer à volta do abcesso até o rodear por
completo; o organismo tenta desta forma impedir uma difusão maior da
infecção. Se um abcesso se rompe para dentro, a infecção pode
propagar-se quer para o interior do corpo, quer por baixo da pele,
conforme o local onde se encontre o abcesso.
Uma infecção bacteriana pode gerar um abcesso de formas várias. Por
exemplo, uma ferida perfurante feita com uma agulha suja pode fazer
chegar bactérias ao tecido subcutâneo. Por vezes as bactérias podem
disseminar-se a partir de uma infecção noutra zona do organismo. Também
as bactérias que normalmente vivem no corpo humano sem causar nenhum
dano podem ocasionalmente provocar um abcesso. As possibilidades de este
se formar aumentam se houver sujidade ou um corpo estranho na área
infectada, se a zona de invasão bacteriana tiver um baixo afluxo
sanguíneo (como sucede na diabetes) ou se o sistema imunitário do
indivíduo se encontrar debilitado (como acontece na SIDA).
Os abcessos podem surgir em qualquer parte do corpo, incluindo os
pulmões (Ver secção 4, capítulo 42), a boca (Ver secção 8, capítulo 94),
o recto (Ver secção 9, capítulo 103) e os músculos. São bastante
frequentes na pele ou debaixo dela, especialmente na face.
Sintomas e diagnóstico
O local onde se situa um abcesso e o facto de interferir ou não com o
funcionamento de um órgão ou um nervo determina os seus sintomas. Estes
podem incluir dor espontânea ou à pressão, sensibilidade, calor,
inchaço, vermelhidão e possivelmente febre. Se se formar imediatamente
abaixo da pele, apresenta-se usualmente como um alto visível. Quando
está prestes a rebentar, a sua parte central adopta uma cor
esbranquiçada e a pele que o reveste torna-se mais fina. Um abcesso
formado a grande profundidade aumenta de volume consideravelmente antes
de provocar sintomas. Como passa desapercebido, é provável que a partir
dele se dissemine a infecção por todo o organismo.
Os médicos podem reconhecer facilmente um abcesso que se encontra sobre a
pele ou por baixo da mesma, mas custa frequentemente detectar aqueles
que se encontram na profundidade. Quando uma pessoa sofre deste tipo de
abcessos, as análises de sangue revelam um número anormalmente elevado
de glóbulos brancos. As radiografias, a ecografia, a tomografia axial
computadorizada (TAC) ou a ressonância magnética (RN) são exames que
podem determinar a sua posição e tamanho. Dado que os abcessos e tumores
costumam causar os mesmos sintomas e produzir imagens semelhantes, é
habitualmente necessário, para se chegar a um diagnóstico definitivo,
colher uma amostra do pus ou então extirpar o abcesso cirurgicamente
para o examinar ao microscópio.
Tratamento
Muitas vezes um abcesso cura-se sem tratamento ao rebentar e esvaziar o
seu conteúdo. Em certos casos, ele desaparece lentamente sem rebentar,
ao mesmo tempo que o organismo elimina a infecção e absorve os resíduos.
Por vezes pode ficar uma elevação dura.
Um abcesso pode ser puncionado e drenado com o objectivo de aliviar a
dor e favorecer a cura. Para drenar um abcesso de grande dimensão, o
médico deve abrir as suas paredes e libertar o pus. Depois da drenagem,
se o abcesso for grande, deixa um amplo espaço vazio (espaço morto), que
pode ser temporariamente tapado com uma gaze. Em certos casos, é
necessário deixar drenos artificiais durante algum tempo (geralmente
tubos finos de plástico).
Como os abcessos não recebem sangue, os antibióticos não costumam ser
muito eficazes. Depois da drenagem, podem ser administrados para evitar
uma recidiva. Também se recorre a eles quando um abcesso propaga a
infecção a outras partes do organismo. A análise laboratorial às
bactérias presentes no pus ajuda o médico a escolher o mais eficaz.